7.4.13

O Fantasma das Cuecas Rotas!

Ontem estava a dobrar roupa, (cá em casa há sempre roupas para lavar estender dobrar ou passar, é incrível como todas as semanas faço entre 6 a 8 máquinas de roupa só para 4 pessoas), e enquanto estava a dobrar umas boxers do Maridão veio-me à memória os nossos primeiros tempos de casados. Vivíamos numa casa pequena, só com 1 quarto, muito pequeno aliás, e pouquíssimo espaço para arrumação. Quando nos mudámos tínhamos 1 cama, um frigorífico, um fogão em que só trabalhava um bico de cada vez, se acendessem outro o primeiro apagava-se, uma mesa de campismo com 4 bancos agarrados e uma pequena televisão de 25 cm. Aos poucos fomos compondo as divisões, mas mesmo tendo soluções ocultas de arrumação, a casa era realmente pequena para muitas aventuras. No quarto então, se tivéssemos roupeiro já não podíamos ter cómoda senão não se passava para a outra ponta da divisão. Ele levou roupa muito degradada e suja... especialmente suja... Boxers cheias de buracos e meias, bem nem é bom lembrar! Aos poucos fomos comprando roupa interior nova, mas o pior foi convencê-lo que tinha de deitar fora as boxers rotas que já não usaria. «Mas foi não sei quem que me deu!», Não sei quem que ele realmente não se lembrava quem tinha sido... «Mas são tão giras, até têm um saquinho para serem guardadas, deixo ali num cantinho da gaveta», mas qual cantinho?!, cada cm de espaço era necessário para as coisas que eram realmente necessárias... Foi uma jornada longaaaaaaaaaaaaa até ele aprender que é melhor guardar recordações em vez de lixo! Não quero dizer com isto que temos de deitar tudo fora, mesmo que tenham um elevado cariz sentimental, nada disso, mas não podemos guardar tudo... Guardamos fotos, um porta chaves, um livro, mas não se guardam cuecas rotas, por maior valor sentimental que tenham!!!

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